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Resumen de Direitos humanos e desafios para a promoção da dignixdade humana da trabalhadora doméstica e o direito ao desenvolvimento

Ana Carolina Fontes Figueiredo Mendes, Karyna Batista Sposato

  • Na modernidade, os direitos humanos são colocados em xeque diante do não cumprimento das promessas de justiça, igualdade, dignidade humana e a manutenção das assimetrias de poderes sociais e discriminações que o seu discurso visa combater. A realidade das trabalhadoras domésticas no mundo contemporâneo ainda é um grande desafio para o alcance de um verdadeiro estágio de desenvolvimento. Ao texto normativo – Declarações e Constituições, por exemplo – contrapõe-se a realidade excludente, agravada pela falta de medidas capazes de iniciar um processo de concretização de direitos e promoção do desenvolvimento amplo e integral do ser humano. Essa debilidade cria um imaginário jurídico dos direitos humanos que aceita a distância entre o normatizado e o praticado, evidenciando que direitos são processos de luta, e não uma inerência do ser humano. No campo do direito do trabalho, estas questões são evidentes, pois a normativa de proteção ao trabalhador cujos antecedentes estão nos Estados de bem-estar social, a fim de proteger o trabalho livre e subordinado, hoje convive com o fato de que o trabalho é cada vez menos livre, e a proteção estatal é limitada pela força do capital. No Brasil, a precarização das relações de trabalho em um contexto de desigualdade estrutural conduz à submissão de trabalhadores à escravidão contemporânea, em especial, trabalhadores domésticos. A divisão sexual do trabalho insere as mulheres no trabalho doméstico como principal grupo vulnerável ao passo que o fenômeno está atrelado à inserção de outras mulheres de classe média também no mercado de trabalho. O próprio direito, por muito tempo, foi responsável por negar direitos às trabalhadoras domésticas, multiplamente vulneráveis interseccionalmente pelo gênero e classe social. Em 2015 os trabalhadores domésticos tiveram os direitos equipados aos demais trabalhadores urbanos. Porém, a inclusão tardia trouxe inúmeros prejuízos no imaginário social e jurídico. Práticas associadas ao trabalho penoso, estendido por longas horas ou outras violações de direitos ainda persistem e podem configurar trabalho análogo à escravidão. As políticas públicas de trabalho digno são necessárias para assegurar a promoção do desenvolvimento integral com igualdade de gênero e social.


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