Apesar de aparentemente consolidado como gênero acadêmico, o memorial (de formação ou descritivo) ainda provoca desconforto em alguns cantos da antropologia, num dos quais eu me encontro. Digo isto depois de ler alguns. A hibridez do gênero, entre a autobiografia autocentrada e o comentário burocrático do curriculum vitae, provoca, se não um mal-estar generalizado, uma medida de incômodo e apreensão. De fato, trata-se de uma forma textual que engloba os contrários, e me parece estar aí a razão de tanta inquietação.
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