Para o desenvolvimento do turismo de massa é central o controle sobre os espaços que disponham de atrativos que impulsionem a referida atividade e que possibilitem a construção de infraestrutura compatível com as demandas do setor. Os espaços privilegiados são os acervos naturais, culturais e históricos, dentre outros. A partir dos dados de pesquisa etnográfica sobre os processos de turistificação, com foco na configuração espacial do turismo na região do Caribe mexicano (Riviera Maya e Isla de Cozumel) e na costa litorânea do Nordeste do Brasil (roteiro turístico que vai de Jericoacoara, no Ceará, a Barreirinhas, no Maranhão), pretende-se apresentar e discutir diferentes processos de apropriação espacial em razão da expansão turística nessas localidades. Os resultados provenientes das referidas pesquisas, bem como o acesso a dados constantes da bibliografia internacional sobre o tema, informam sobre a ocorrência constante de disputas territoriais, deslocamentos populacionais e fortes impactos ambientais nesses processos. O propósito desta apresentação é, portanto, trazer à reflexão dados procedentes de diferentes experiências, nacionais e internacionais, com atenção às especificidades locais, problematizando a importância do Estado e suas instituições na condução das políticas de incentivo ao turismo como estratégia de desenvolvimento.
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