Desde o surgimento histórico do capitalismo, os administradores e economistas têm se enredado na reprodução de racionalidades instrumentais e cognitivas que orientam poderes de decisão sobre as inovações a partir de uma perspectiva eminentemente calculista. Este poder tem se materializado, desde o início, como um poder que opera acima da sociedade, destruindo os limites e as bases de sua própria existência. Também o turismo tem pautado suas estragégias de desenvolvimento e de inovação em demandas e dinâmicas localizadas na esfera do mercado e formado seus gestores a partir de uma perspectiva pragmática inspirada nos modelos clássicos da administração, como se depreende da análise empírica dos impactos sociais, culturais e ambientais provocados na região Nordeste e no Estado de Alagoas. O artigo demonstra que a sociologia pode trazer grande contribuição para ampliar os recursos cognitivos e reflexivos úteis ao desenvolvimento turístico. Mas para que possa produzir frutos mais efetivos, ela também precisa superar alguns de seus próprios bloqueios genéticos e incorporar em seu campo disciplinar temas como a inovação, ao invés de estudar apenas, indiretamente, os seus efeitos.
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