As ilhas caribenhas são caracterizadas por um longo processo de colonização e de independência tardia, aspectos que lhes causaram retrocesso ao nível econômico, político e social. Experimentam, através do turismo, a exploração neocolonial designada pela ação das potências emergentes, a partir do século XIX, situação que lhes impõe maior dependência, desencadeada por sistemas de exploração mais estáveis e aparentes. Por outro lado, o turismo é um dos setores que mais cresce em todo o mundo e sua rápida expansão tem sido, ou pelo menos deveria ser considerada, uma possibilidade de desenvolvimento sustentável aos países caribenhos. Esse artigo contextualizará a condição periférica sob a qual ocorre o desenvolvimento do turismo no Caribe, enquanto atividade econômica central, sinalizando as suas particularidades, as estratégias de exploração impostas pelos núcleos dominantes desde o período colonial, a relação entre turistas e nativos, o posicionamento do comércio turístico local e, finalmente, a circunstância em se encontra o Outro, enquanto grupo responsável pela exequibilidade de uma atividade que demanda, nomeadamente, serviço.
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