Juliana Prates Santana, Larissa dos Santos Fraga, Leila Mignac Ferrari, Camila Pinho de Mello
Este texto pretende analizar una serie de memes difundidos en Brasil en el período de la pandemia del coronavirus, buscando comprender las imágenes sociales de la niñez y las infancias evidenciadas en esta coyuntura. Las principales medidas de protección adoptadas; a saber: el aislamiento social, el cierre de escuelas infantiles y colegios o la restricción de la actividad a la estricta apertura de los servicios esenciales, han obligado a las familias a una convivencia permanente e intensa en un mismo entorno. En este contexto, y como forma de representación de la realidad, los memes se producen y divulgan rápidamente, con la intención de constituir una forma de entretenimiento divertida y animada. Sin embargo, los memes también evidencian ideas peyorativas, tanto sobre las niñas y niños como sobre la circunstancia de que los cuidados se hayan concentrado exclusivamente en el ámbito de la familia. Se identificaron 38 memes en diferentes redes sociales; pudiendo reconocer algunos temas emergentes relacionados con las violencias contra la crianza; la institución colegio/escuela infantil como solución o depósito de niños, la sobrecarga materna y el machismo, entre otros. Los memes analizados retratan una infancia blanca, de clase media, cuyas experiencias acaban por idealizar una infancia estandarizada que invisibiliza otros modos de vida. Las imágenes que emergen del análisis son: las niñas y niños como un problema, niños como sujetos en desarrollo y niños susceptibles de ser matados. Estas imágenes no surgen con la pandemia, pero se potencian en este contexto. Para concluir, consideramos que las niñas y niños son reiteradamente silenciados, produciéndose un borrado de la infancia como categoría generacional, siendo la pandemia otro fenómeno que está siendo comprendido en la perspectiva adulta.
This article aims to analyze the memes disseminated in Brazil during the coronavirus pandemic period, seeking to comprehend the social images of children and childhoods evidenced at this moment. The main protective measures adopted, namely social isolation, the closing of schools and day care centers, and the opening of only essential services forced families to live together in the same environment. In this context and as a way of representing reality, memes are quickly produced and propagated, with the intention of being a fun and humorous form of entertainment. However, they show pejorative ideas about children and what it is like to have them under the exclusive care of the family. 38 memes were identified in different social networks, and it is possible to list as emerging themes the violence against children, the school/day care institution as a solution or deposit for children, maternal overload, machism, among others. It was found that memes portray a white, middle-class childhood, whose experiences end up dictating the idealization of a standard childhood but making other ways of life invisible. The images that emerge from the analysis are: children as a problem, children as developing subjects, and killable children. Such images do not arise with the pandemic, but are enhanced in this context. It is concluded that children are repeatedly silenced, with childhood being erased as a generational category, the pandemic being one more phenomenon that is being understood in the adult perspective.
Este texto objetiva analisar os memes veiculados no Brasil no período da pandemia do coronavírus, buscando compreender as imagens sociais de crianças e infâncias evidenciadas neste atual momento. As principais medidas de proteção adotadas, nomeadamente o isolamento social, o fechamento das escolas e creches, e a abertura apenas dos serviços essenciais obrigaram as famílias a um convívio constante em um mesmo ambiente. Como forma de representação da realidade, os memes são rapidamente produzidos e disseminados, com a intenção de serem uma forma de entretenimento divertida e bem humorada. Entretanto, evidenciam ideias pejorativas sobre as crianças e como é tê-las sob os cuidados exclusivos da família. Foram identificados 38 memes em diferentes redes sociais, sendo possível elencar como temas emergentes à violência contra criança, a instituição escola/creche como solução ou depósito das crianças, a sobrecarga materna, o machismo, dentre outros. Verificou-se que os memes retratam uma infância branca, de classe média, cujas experiências acabam por ditar a idealização de uma infância padrão mas que invisibiliza outros modos de vida. As imagens que emergem da análise são: crianças como problema, crianças como sujeitos em desenvolvimento e crianças matáveis. Tais imagens não surgem com a pandemia, mas se potencializam neste contexto. Conclui-se que as crianças são reiteradamente silenciadas, havendo um apagamento da infância enquanto categoria geracional, sendo na pandemia este mais um fenômeno que está sendo compreendido na perspectiva adulta.
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