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Resumen de O ser e o estar no mundo: a cegueira na perspectiva daquele que não vê

Daniela Leal

  • Sabe-se que é somente entre os séculos XIX e XX que a cegueira passou a ser concebida não mais como um defeito, uma insuficiência, mas sim como uma condição que origina e põe em ação novas formas para que a pessoa se desenvolva. Permeadas por essa nova verdade científica, as sociedades do final da Idade Moderna e início da contemporaneidade começaram a vivenciar transformações sobre as concepções de ensino à pessoa cega. No Brasil, a emancipação das pessoas cegas, no que se refere à educação, iniciou-se na década de 1950. Embora tenha sido nas escolas especiais dentro dos institutos, foi nessa época que surgiram as primeiras propostas para a inclusão das pessoas cegas nas escolas regulares. É exatamente nessa seara que, no ano de 1954 é fundada, em Ribeirão Preto (SP), a Escola para Cegos “Helen Keller”, com o intuito de educar, instruir e oferecer acesso ao conhecimento por meio do sistema Braille. Diante desse cenário, apresentar-se-á neste artigo um recorte da pesquisa “História, Memória e Cegueira: contribuições da Escola para Cegos “Helen Keller” de Ribeirão Preto (1954-1990) à educação”. Objetiva-se, portanto, no recorte aqui descrito, compreender os sentidos e os significados atribuídos por Wagner à cegueira e ao “ser cego”, ao longo de sua vida. Por se tratar de uma pesquisa envolvendo a história de uma instituição de ensino, com base tanto em documentos quanto na fala dos sujeitos que fizeram parte da construção histórica, material e cultural da mesma, optou-se por uma pesquisa de caráter historiográfico, em triangulação com a pesquisa documental e a história oral, assim como optou-se pela análise de conteúdo como técnica de análise, para obter indicadores que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de produção/recepção do objeto estudado.  O discurso de Wagner revelou, entre outras coisas, que as pessoas cegas, ao assumirem e expressarem suas opiniões, apesar de quererem ser tratadas com respeito, como qualquer outra pessoa, muitas vezes assumem, de forma negativa, a sua própria deficiência, colocando-se em certas posições que contrariam seu próprio discurso.


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