Do ponto de vista energético os esforços físicos podem classificar-se em aeróbios e anaeróbios. Esta terminologia de uso popular foi determinada por Luis Pastel, que classificou as bactérias entendendo a sua vitalidade na presença de oxigênio. A energia potencial que sustenta a vida dos seres vivos em nosso planeta é uma forma de energia química, adenosina trifosfato, que é formada por um grupo adenosina, um grupo ribose e três fosfatos ligados, e se conhece como ATP. A quebra dessa substancia quando atacada por uma enzima (ATPase) libera energia necessária para manutenção da vida. A quantidade de ATP em nosso organismo é suficiente para manter a vida durante um tempo inferior a 5 segundos, e para tanto a conservação da vida consiste em formação constante de ATP. Esta reação realiza-se nas mitocôndrias de todas as células. Quando há oxigênio suficiente nas células, o ATP é produzido na forma denominada aeróbia. A produção aeróbia de energia acontece no interior das mitocôndrias, por meio de duas vias metabólicas denominadas de (1) ciclo de krebs e (2) cadeia de transporte de elétrons. É lógico pensar que esta situação é da vida cotidiana e pequenos esforços.A maioria dos esforços esportivos (jogos, lutas, corridas, saltos, arremessos, lançamentos, etc) com exceção dos movimentos cíclicos de grande duração, o ATP se produz em forma anaeróbia. Por tanto o desenvolvimento da resistência anaeróbia é um problema fundamental e muito atual na fisiologia do exercício. A energia anaeróbia alatica ou fosfagênica resulta da formação de ATP a partir do ADP livre com uma molécula de fósforo doado por uma substancia macro energético denominada creatinofosfato, em todos os esforços explosivos e nas acelerações é esta energética que se utiliza. No organismo a reserva de creatinofosfato é de 02 a 03 gramas no total, o que permite uma pessoa não treinada um esforço Maximo de 3 segundos, e um atleta de elite esforços de até 08 segundos de duração. Os treinadores sonham em chegar a 20 segundos de duração, o que traz com sigo o aumento das reservas de creatinofosfato a níveis de até cinco vezes mais que de pessoas não treinadas. A produção anaeróbia lática ou glicolítica de ATP é aquela que se forma pela ação da enzima LDH (lactatodesidrogenase) na molécula de acido lático, este acido por simples perda do pH que produz, provoca alterações em todas as estruturas do sistema nervoso central e periférico, em especial nas sinapses neuromusculares. Sendo que limita a possibilidade de trabalho longo e intenso. O aumento das reservas de creatinofosfato muscular pela suplementação de creatina monohidratada produz alteração na síntese anaeróbia lática, tornando-se um amortizador do descenso do pH sanguíneo em esforços intensos, teoricamente em função da (1) maior concentração de creatinofosfato intracelular, o que retardaria a glicolise anaeróbia, produzindo um retardo na chegado do descenso do pH sanguíneo, como pode ser observado na pesquisa de curta duração de Rico Sanz (2000) citado por Roussel et al. (2000). Não podendo se esquecer que a capacidade de ressintese e armazenamento de creatinofosfato dependem do nível de utilização deste substrato, como já mencionado por Robergs (2001), com relação à bioenergética, ou seja, o sistema de produção de energia humano depende do estimulo (utilização) para poder adaptar-se ao amento na síntese e armazenamento.
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