Rita de Cássia Santos de Oliveira, Bruna Lúcia de Mendonça Soares, R. Maio, Andresa Mayara da Silva Santos, Mª Goretti Pessoa de Araújo Burgos
OBJECTIVE: Identify nutritional risk among patients admitted to a gynecological clinic and associate this risk with hospitalization stay and clinical complications.
METHODS: A cross-sectional study was conducted with a convenience sample for 6 months, involving 111 gynecological patients (adults and older adults). The assessment of nutritional risk was performed in the first 48 hours after admission using the 2002 Nutritional Risk Screening (NRS 2002) adapted by Hertlein et al.
for gynecology patients. Internment time (in days) was calculated as the difference between the day of admission and discharge. Complications were transcribed from daily entries in the patient charts. Statistical analysis involved Pearson’s chi-square test, Fisher’s exact text, the Mann-Whitney test and the calculation of Spearman’s correlation coefficients. A p-value <0.05 was considered statistically significant.
RESULTS: A total of 32.4% of the patients were classified in a state of nutritional risk, 88.2% of whom had food intake < 50% of habitual intake, 70.8% of whom experienced significant weight loss in the previous six months, 53.7% of whom had a diagnosis of neoplasm, 75% of whom had a body mass index < 20.5 and 21.8% of whom had been submitted to surgery. A significant, positive correlation was found between nutritional risk and hospitalization stay (r=0.392; p<0.001). Nutritional risk was not associated with age group or the clinical complications.
CONCLUSIONS: A significant number of women in the present study were in a state of nutritional risk, which under scores the importance of diagnosing this condition among gynecological patients. Nutritional risk was associated with a longer hospitalization stay.
OBJETIVO: Identificar o risco nutricional em pacientes admitidas na clínica de ginecologia e associá-lo ao tempo de internamento e às complicações hospitalares.
MÉTODOS: Estudo transversal, com amostra de conveniência, realizado no período de 6 meses, pacientes de ginecologia (mulheres adultas e idosas). A avaliação do risco nutricional foi realizada nas primeiras 48 horas da admissão utilizando-se a Triagem de Risco Nutricional 2002 – Nutritional Risk Screening 2002 (NRS 2002) adaptada por Hertlein et al. para pacientes de ginecologia. O tempo de internamento (em dias) correspondeu à diferença entre o dia da admissão e o da alta hospitalar, e as complicações foram transcritas do prontuário diariamente para cada paciente. Para análise estatística foram usados os testes qui-quadrado de Pearson, Teste exato de Fisher, Teste de Mann-Whitney e coeficiente de correlação de Spearman, O valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significante.
RESULTADOS: Foram estudas 111 pacientes≤ 60 anos (73%), com 32,4%em risco nutricional. Deste grupo, 88,2% tinham ingestão alimentar <50% que o habitual, 70,8% apresentou perda de peso significativa nos últimos seis meses, 53,7% tinham neoplasias, 75% tinham o IMC<20,5 e 21,8% foram tratadas cirurgicamente. Foi verificada correlação positiva e significativa entre o risco nutricional e o tempo de internamento (r=0,392; p<0,001). O risco não esteve associado à faixa etária e presença de complicações hospitalares.
CONCLUSÕES: Um número significativo de mulheres estava em risco nutricional, o que sugere a importância deste diagnóstico em pacientes de ginecológicos. Este risco foi associado com maior tempo de hospitalização.
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