The relationship between the European Union (EU) and Ukraine began in 1998 with the signature of the Partnership and Cooperation Agreement. Afterwards, in 2003 Ukraine joined the European Neighbourhood Policy and in 2004 EU was already the major trade partner with Ukraine, bigger than Russia. Anticipating the approach of former soviet republics towards Euro Atlantic structures and the foreseen loss of influence in its near abroad, Putin’s Russia launched in 2011 the Eurasian Economic Union, an economic bloc formed by some of the Russia’s former satellite States - Belarus and Kazakhstan – and through a carrot and stick policy tried to attract also Ukraine and Kyrgyzstan, in order to thwart the Chinese economic development and to impose itself in the regional and global markets. In November 2013, during the 3rd EU’s Eastern Partnership Summit, in Vilnius, Lithuania, Ukraine’s President, Viktor Yanukovych surprised the world refusing to sign the Commercial Agreement with EU, turning back to a EU possible integration. On the other hand, Russia offered to reduce the natural gas rates plus a fifteen billion dollars loan, throwing Ukraine in a quasi civil war, and leaving EU and Russia on opposite sides. Considering this situation what to expect from Ukraine? To continue being a Russian satellite or head towards the Euro Atlantic geopolitical space? This paper intents to analyse the actual situation in Ukraine following Barry Buzan’s approach of multidimensional security, focusing on the different postures assumed by each one of the actors - EU and Russia - which have been between complementarity and division. The scope of the analysis is to contribute to the academic debate about security dynamics between EU, Russia and Ukraine during the post-USSR period, arguing that in the geopolitical dispute for the post-soviet space where Ukraine is integrated, the Russian Realpolitik prevails the EU soft power.
O relacionamento entre a Ucrânia e a União Europeia (UE) fica marcado pela assinatura do Acordo de Parceria e Cooperação em 1998. Posteriormente em 2003 integrou a Política Europeia de Vizinhança e a partir de 2004 a UE já representava o maior parceiro comercial da Ucrânia, ultrapassando a Rússia. Perante a aproximação de algumas das ex-repúblicas às estruturas Euro Atlânticas, e a consequente perda de influência no seu near abroad, a Rússia de Putin lançou em 2011 a União Económica Euro-asiática, um bloco económico, formado por alguns dos seus Estados satélites – Bielorrússia e Cazaquistão – e através de uma política de carrot and stick, tentou cativar a Ucrânia e o Quirguistão, de forma a fazer frente ao crescente desenvolvimento da economia chinesa, e de se impor no mercado regional e global. Em novembro de 2013, durante a 3ª Cimeira da Parceria Oriental da UE em Vilnius, na Lituânia, a Ucrânia do Presidente Viktor Yanukovych surpreendeu o mundo ao recusar-se a assinar o Acordo Comercial, voltando as costas à integração na UE. Em troca, obteve da Rússia a promessa duma redução nos preços de venda do gás natural e um empréstimo de quinze mil milhões de dólares, lançando a Ucrânia numa quasi guerra civil, e colocando a UE e a Rússia de costas voltadas. Face a este cenário, o que restará à Ucrânia? Manter-se como satélite russo ou direcionar-se para o espaço geopolítico Euro Atlântico? Este artigo pretende analisar à luz do conceito de segurança multidimensional de Barry Buzan, a situação vivida na Ucrânia, observando as diferentes posturas assumidas por cada um dos atores – UE e a Rússia – as quais têm variado entre a complementaridade e a divisão. O objetivo desta análise é contribuir para o debate académico sobre as dinâmicas securitárias entre a UE, a Rússia e a Ucrânia no período pós-URSS, argumentando que na disputa geopolítica pelo espaço pós-soviético onde a Ucrânia se insere a Real Politik da Rússia prevalece sobre o softpower da UE.
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