Neste trabalho apresentamos parte dos resultados obtidos em uma pesquisa de mestrado que se debruçou sobre o possível dilema da denúncia vivido pelo educador de creche frente a indícios de violência sexual contra crianças que frequentam a escola. Tendo como norte a pesquisa em psicanálise, entrevistamos cinco educadores de uma creche localizada em um município da grande São Paulo, buscando compreender como pensam e subjetivam as experiências ligadas à violência sexual perpetrada contra as crianças que frequentam a creche e como lidam com o aspecto formal da denúncia. Algo de um mal-estar emergiu nos discursos dos educadores ligado a interdição da fala sobre o fenômeno da violência sexual, encontrando somente o sussurro como possibilidade de articulação pela linguagem.
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