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Resumen de A atualidade de uma velha fórmula: periculosidade e punição de adolescentes

Fernanda Emy Matsuda

  • español

    El artículo aborda la responsabilización que se vale de la estrategia de la patologización - asociación del comportamiento criminal a una enfermedad a exigir tratamiento. La aproximación entre los saberes jurídico y médico se ha mostrado bastante provechosa para la construcción de respuestas para el crimen y encuentra, en el terreno contemporáneo del castigo de adolescentes, espacio favorable. Por un lado, las medidas socioeducativas se rigen por criterios subjetivos relacionados a la biografía del individuo, lo que contribuye a la intrusión de la psiquiatría. Por otro lado, la participación de adolescentes en la criminalidad urbana alimenta demandas por el recrudecimiento de las políticas criminales y colabora para la fabricación del "monstruoso". Con base en un caso emblemático, se intenta comprender la reinvención y la instrumentalización del concepto de peligrosidad, producto de la relación entre psiquiatría y derecho penal, para justificar ciertas modalidades de control social dirigidas a aquéllos que come t en c rime si no son necesariamente remitidos al aparato punitivo, como sucede con adolescentes, considerados "inimputables" por las instituciones encargadas de la justicia. Para reconstituir y analizar el caso, los frentes metodológicos adoptados son investigación documental y entrevistas. Los resultados apuntan a la permanencia de la regla de la peligrosidad como un factor central en la gestión diferencial de los ilegales, sobre todo para modular los tipos y los grados de inversión de los dispositivos de castigo.

     

  • English

    The article discusses the liability which makes use of the pathologizing strategy – the association of criminal behavior to a disease requiring treatment. The rapprochement between the legal and medical knowledge has been very fruitful for the construction of responses to crime and finds in the contemporary field of punishment of teenagers, favorable space. On the one hand, socioeducational measures are based on subjective criteria related to the individual biography, what contributes to the intrusion of psychiatry. On the other hand, the involvement of adolescents in urban crime feeds demands for harsher criminal policies and contributes to the production of the “monstrous”. Based on an emblematic case, I intend to understand the reinvention and the operationalization of the concept of dangerousness, a product of the relationship between psychiatry and criminal law, to justify certain forms of social control geared to those who commit crimes and are not necessarily remitted to the punitive apparatus, as with adolescents considered “incompetent” by the institutions responsible for law enforcement. To reconstruct and analyze the case, the methodological fronts adopted are documentary research and interviews. The results show the continuity of the ruler of dangerousness as a central factor in the differential management of illegalisms, particularly to modulate types and degrees of investment of punishment dispositives.

  • português

    O artigo aborda a responsabilização que se vale da estratégia da patologização – associação do comportamento criminoso a uma doença a exigir tratamento. A aproximação entre os saberes jurídico e médico tem se mostrado bastante profícua para a construção de respostas para o crime e encontra, no terreno contemporâneo da punição de adolescentes, espaço favorável. De um lado, as medidas socioeducativas são pautadas por critérios subjetivos relacionados à biografia do indivíduo, o que contribui para a intrusão da psiquiatria. De outro, o envolvimento de adolescentes na criminalidade urbana alimenta demandas pelo recrudescimento das políticas criminais e colabora para a fabricação do “monstruoso”. Com base em um caso emblemático, procura-se compreender a reinvenção e a instrumentalização do conceito de periculosidade, produto da relação entre psiquiatria e direito penal, para justificar certas modalidades de controle social voltadas para aque l e s que come t em c rime s e que não s ão necessariamente remetidos ao aparato punitivo, como acontece com adolescentes, considerados “inimputáveis” pelas instituições encarregadas da justiça. Para reconstituir e analisar o caso, as frentes metodológicas adotadas são pesquisa documental e entrevistas. Os resultados apontam para a permanência da régua da periculosidade como um fator central na gestão diferencial dos ilegalismos, sobretudo para modular os tipos e os graus de investimento dos dispositivos de punição.


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