In the context of discussing the high homicide rates of young blacks, the article explores the dimension of racial violence practiced within security institutions and its effects on the targets of these institutions. The narratives, obtained through focus groups of military police officers and young blacks in three Brazilian cities (Brasília, Salvador and Curitiba), are discussed to bring out the perceptions which guide the work of the first group and point to the members of the second group as suspects. Therefore, focusing on the actions which make up the drug policy, we will concentrate on reports to understand how patterns of prejudice are reproduced institutionally, especially the racial ones. The understanding of the statements given by police officers allows us to grasp how racial (in relation to blacks – black and brown) and social (relative to class) prejudices construct the suspicion reproduced in the approaches. At the same time, when we go through the narratives of young blacks we discover the effects of being this life always under suspicion. In the end, remarks will be made pointing up the need to judicialize police practices, which would allow us to acknowledge the citizen status of these young blacks partly and recover the legitimacy, if not by the police, at least by the Judiciary in this debate.
No contexto de discussão das altas taxas de homicídios de jovens negros, o artigo explora a dimensão da violência racial praticada no âmbito das instituições de segurança e seus efeitos sobre os alvos dessas instituições. Discutem-se as narrativas, obtidas por meio de grupos focais, de policiais militares e de jovens negros em três cidades brasileiras (Brasília, Salvador e Curitiba), para emergir, do primeiro grupo, as representações que guiam seu trabalho e apontam para os integrantes do segundo grupo como suspeitos. Assim, com foco nas ações que compõem a política de combate às drogas, nos debruçaremos em relatos colhidos para entender como, institucionalmente, é reproduzido padrões de preconceito, sobretudo, racial. A compreensão dos depoimentos dos policiais permite captar como preconceitos raciais (em relação aos negros - pretos e pardos) e sociais (relativos à classe) constroem a suspeição reproduzida nas abordagens. Ao mesmo tempo, caminhar pelas narrativas dos jovens negros é descobrir os efeitos de ser essa vida sempre sob suspeita. Ao final, serão feitas considerações, apontando-se para a necessidade de judicialização das práticas policiais, o que permitiria reconhecer, em parte, o status de cidadão a esses jovens e recuperar a legitimidade, senão da policia, ao menos do Poder Judiciário nesse debate
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