Este artigo objetiva debater o cotidiano das crianças no mundo do trabalho, no Recife das dé-cadas de 1920 e de 1930. A trajetória de Grilo - apelido de criança do político pernambucano Gregório Bezerra, que viveu nas ruas da capital pernambucana neste período -, será o fio con-dutor desta trama. Em nome do “progresso”, Gregório e outras crianças se inseriram no mun-do do trabalho dos adultos, sobrevivendo a diferentes desafios cotidianos, marcado pela vio-lência e injustiças sociais. Gregório, João, Maria, Francisco e outros meninos e meninas são agentes sociais que fazem parte desta trama, que procura colocar em tela a história de crianças que foram desafiadas a sobreviver aos diferentes modos de exploração imposta pelos interes-ses dos adultos. Por meio da análise dos relatos de memórias, dos recortes de jornais e de ou-tras fontes buscamos produzir a história do Recife a partir das trajetórias de vida desses meni-nos e meninas. É neste cenário urbano que diferentes vidas se encontraram para vivenciar e sobreviver às diferentes formas de abandono e de exploração do trabalho.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados