Na primeira metade do século XX, a cidade de Itabuna apresentava uma profícua produção jornalística, cuja história não se encontra satisfatoriamente documentada, havendo apenas estudos isolados de testemunhos da época. Dessa maneira, este artigo tem como objetivo demonstrar, na existência (materialidade) desses jornais, publicados, entre 1914 e 1952, um arquivo (porque fechado) de memórias que vêm à tona e reúnem elementos que dão um significado especial a uma dimensão histórica de relevância para a memória cultural. Tal pesquisa ancora-se, sobretudo, nos conceitos de Memória e Memória cultural, propostos por Jacques Le Goff (1990), Aleida Assmann (2011) et al. O corpus de análise é composto pelos jornais O Labor (1914), O Esporte (1922), O Pharol (1925), O Echo (1925), O Fanal (1935), Voz de Itabuna (1952), e indica que a imprensa jornalística dessa época se constitui como materialização de uma herança histórica e, simultaneamente, fonte, ou seja, documentos da memória cultural.
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