Bragança (Sé), Portugal
We have witnessed several debates on humanitarian skills in nursing, such as:caring, compassion and empathy. The reflection on whether these competences integrate personality traits or whether they can be taught and trained remains open. There is also an interest on the part of nursing teaching professionals on how to develop these skills in students. Thus, it is essential to identify the state of expression of these competencies in health professionals. We conducted an exploratory, cross-sectional, descriptive, correlational and inferential study, with the objective of identifying the nurses’ levels of empathy and personality traits; and, relationships between socio-professional variables and the dimensions under study, in a sample of 232 nurses: 186 (80.2%) were female; 149 (64.5%) with more than five years of service. An online questionnaire was used, consisting of socio-professional issues; the Jefferson Scale of Physician Empathy; and the Big-Five Inventory (BFI-44). We found that nurses have high levels in the three dimensions of empathy: compassion, the patient’s perspective and putting themselves in the patient’s shoes. In the personality traits, the scores are above average for extroversion, kindness, conscientiousness and openness, with the exception of the neuroticism dimension where the average score is relatively low. Positive, moderate and statistically significant correlations were found between the dimensions: taking the patient’s perspective; extroversion; kindness; conscientiousness; and openness. There were statistically significant differences in the dimensions of extraversion and compassion, for the socio-professional variable Gender, with higher scores in men, in extraversion and in women, in compassion. It is concluded that nurses demonstrate high levels in the dimensions of empathy. Empathy as a multidimensional competence allows nurses to understand patients’ feelings, needs and perspectives. In the health field, it is essential for professional practice.
Assistimos a vários debates sobre competências humanitárias em enfermagem, tais como: o cuidar, a compaixão e a empatia. Mantém-se em aberto a reflexão sobre se estas competências integram os traços da personalidade ou se podem ser ensinadas e treinadas. Há também o interesse por parte dos profissionais do ensino da enfermagem sobrecomo desenvolver estas competências nos estudantes. Assim, torna-seindispensável identificar qual o estado da expressão destas competências em profissionais de saúde. Realizamos um estudo exploratório, transversal, descritivo, correlacional e inferencial, com o objetivo de identificar os níveis de empatia e dos traços de personalidade dos enfermeiros; e, relações entre as variáveis socioprofissionais e as dimensões sob estudo, numa amostra de 232 enfermeiros: 186 (80.2%) do género feminino; 149 (64.5%) com mais de cinco anos de tempo de serviço. Utilizou-se um questionário online, constituído por questões socioprofissionais; pela Jefferson Scale of Physician Empathy; e o Big-Five Inventory (BFI-44). Constatamos que os enfermeiros apresentam níveis altos nas três dimensões da empatia: compaixão, perspetiva do doente e colocar-se no lugar do doente. Nos traços de personalidade as pontuações são acima da média para a extroversão, amabilidade, conscienciosidade e abertura; com exceção da dimensão neuroticismo onde a pontuação média é relativamente baixa.Encontraram-se correlações positivas, moderadas e estatisticamente significativas, entre as dimensões: tomada de perspetiva do doente; extroversão; amabilidade; conscienciosidade; e abertura. Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas nas dimensões extroversão e compaixão, para a variável socioprofissional Género, obtendo-se pontuações mais elevadas nos homens, na extroversão e nas mulheres, na compaixão. Conclui-se que os enfermeiros demonstram níveis altos nas dimensões da empatia. A empatia enquanto competência multidimensional, permite ao enfermeiro compreender sentimentos, necessidades e perspetivas dos doentes. No campo da saúde, é essencial para a prática profissional. Propomos a inclusão de um programa específico para a capacitação dos estudantes, pois irá ter impacto na satisfação e na qualidade dos cuidados prestados.
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