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A lenda e a lei: A ancestralidade afro-brasileira como fonte epistemológica e como conceito ético-jurídico normativo

    1. [1] Universidade do Estado da Bahia

      Universidade do Estado da Bahia

      Brasil

  • Localización: ODEERE, ISSN-e 2525-4715, Vol. 3, Nº. 6, 2018 (Ejemplar dedicado a: Afrofilosofias e saberes diaspóricos: filosofias pretas nas palmas das mãos), págs. 226-250
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • LEYENDA Y LEY: ascendencia afrobrasileña como fuente epistemológica y como concepto normativo ético-legal
    • THE LEGEND AND THE LAW: The Afro-Brazilian ancestry as an epistemological source and as normative ethical-legal concept
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      Nuestras motivaciones y lecturas mundiales se basan en el supuesto de que la moralidad genera ética y la ética genera legalidad. Tal correspondencia une al destino con una antigua forma de decidir sobre las situaciones actuales. Pensar o ejercer una epistemología desde la ascendencia significa adoptar una postura ética frente a una capa cuestionable de pensamientos y conocimientos identificables como africanos y diaspóricos. Esto implica un cambio en la carga teórico-epistemológica sobre la cual se construyen estos conceptos. La ascendencia puede leerse como una categoría de otredad. Más que eso, una categoría de trans-alteridad, ya que se refiere al lugar de relación, es decir, el encuentro de la diferencia. Una ascendencia como referencia y fundamento de una nueva utopía en nombre de una ética de supervivencia y equilibrio con la naturaleza. Esta es una de las dimensiones de la experiencia afrodisporica en Brasil. Una experiencia que también debería verse en el campo de la justicia política. Esta ascendencia también se puede leer desde una perspectiva normativa no religiosa. El instituto de la muerte aparece como un factor decisivo para la objetivación de los conceptos definitorios del antepasado. Asimismo, el estado de unión vital de los elementos constitutivos naturales y sociales del hombre caracteriza su manifestación en el mundo terrestre. La disolución de esta unión establece un nuevo estado existencial. La muerte, por lo tanto, permite la última transfiguración del hombre. En este caso, la ascendencia influye en un universo más amplio de existencia y fuerzas físicas y metafísicas que poseen un mayor poder normativo. El control del mundo visible e invisible le da a la ascendencia un estado de fenómeno legal. Los mandamientos ancestrales se refieren a fuentes axiológicas sobre un concepto de justicia construido colectivamente. Tratar los principios ancestrales como parte del estudio de la hermenéutica legal nos lleva a un diálogo de métodos y procedimientos para lograr esta posibilidad. La apreciación de nuestros propios mitos e identidad es una sugerencia poderosa para volver al hilo de la historia y las posibles interpretaciones de libertad y justicia para la realidad legal brasileña.

      Palabras clave: ascendencia, epistemología, moralidad, ética, normativa.

    • English

      Our motivations and world readings are based on the assumption that moralities generate ethics and ethics generate legalities. Such correspondence links destiny to an ancestral way of deciding on present-day situations. Thinking or exercising an epistemology from ancestry means taking an ethical stance against a questionable layer of thoughts and knowledges that are identifiable as African and diasporic. This implies a change in the theoretical-epistemological load in which these concepts are constructed. Ancestry can be read as a category of otherness. More than this, a category of trans-otherness, since it is referenced in the place of relation, that is, in the encounter of difference. An ancestry as a reference and foundation of a new utopia in the name of an ethic of survival and balance with nature. This is one of the dimensions of the Afro-Diaspora experience in Brazil. An experience that must also be seen in the field of political justice. This ancestry can also be read from a non-religious normative perspective. The institute of death appears as decisive factor for the objectification of the defining concepts of the ancestor. Just as the state of vital union of the constitutive natural and social elements of man characterizes its manifestation in the terrestrial world. The dissolution of this union establishes a new existential state. Death, therefore, allows the last transfiguration of man. In this case, ancestry influences a larger universe of existence and physical and metaphysical forces possessing a greater normative power. The control of the visible and invisible world confers on ancestry a status of juridical phenomena. The ancestral commandments are referred to as axiological sources on a collectively constructed concept of justice. Treating ancestral principles as part of legal hermeneutics studies leads us to a dialogue of methods and procedures to achieve this possibility. The valorization of our own myths and identity character is a powerful suggestion to retake the thread of history and the possible interpretations of freedom and justice for Brazilian legal reality.  Keywords: Ancestry, Epistemology, Morality, Ethical, Normative.

    • português

      Nossas motivações e leituras de mundo sustentam-se no pressuposto de que as moralidades geram eticidades e as eticidades geram juridicidades. Tal correspondência une o destino a um modo ancestre de decidir sobre as situações do presente. Pensar ou exercitar uma epistemologia a partir da ancestralidade significa adotar uma postura ética frente a uma camada questionável de pensamentos e saberes identificáveis como africanos e diaspóricos. Isso implica numa mudança na carga teórico-epistemológica em que são construídos estes conceitos. A ancestralidade pode ser lida como uma categoria de alteridade. Mais que isso, uma categoria de trans-alteridade, posto que se referência no local de relação, ou seja, do encontro da diferença. Uma ancestralidade como referência e fundamento de uma nova utopia em nome de uma ética da sobrevivência e do equilíbrio com a natureza. Esta é uma das dimensões da experiência afrodiaspórica no Brasil. Uma experiência que deve ser vista também no campo da justiça política. Esta ancestralidade pode ser lida também numa perspectiva  normativa não religiosa. O instituto da morte aparece como fator decisivo para a objetivação dos conceitos definidores do ancestral. Assim como, o estado de união vital dos elementos naturais e sociais constitutivos do homem caracteriza sua manifestação no mundo terrestre. A dissolução dessa união estabelece um novo estado existencial. A morte, portanto, permite a última transfiguração do homem. Neste caso, a ancestralidade influencia um universo mais amplo da existência e das forças físicas e metafísicas possuindo um poder normativo maior. O controle do mundo visível e invisível confere à ancestralidade um status de fenômeno jurídico. Os mandamentos ancestrais referenciam-se como fontes axiológicas sobre um conceito de justiça construído coletivamente. Tratar os princípios ancestrais como parte dos estudos da hermenêutica jurídica nos leva ao diálogo dos métodos e procedimentos para alcançar esta possibilidade. A valorização dos nossos próprios mitos e caráter identitário é uma sugestão poderosa para retomarmos o fio da história e das interpretações possíveis de liberdade e justiça para a realidade jurídica brasileira.   Palavras chaves: Ancestralidade, Epistemologia, Moralidade, Ético, Normativo.


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