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Resumen de A complexidade na hipótese tensiva de Claude Zilberberg

Ricardo Lopes Leite

  • português

    A complexidade ocupa lugar de destaque na hipótese tensiva formulada por Claude Zilberberg. O foco desse artigo é promover, a título de homenagem, uma reflexão acerca do tratamento teórico dado por ele a esse fenômeno. Zilberberg (2010, 2011a) assume uma “complexidade de desenvolvimento” que permite a coexistência ou a “colaboração” entre unidades discretas e graduais e que mantém a coerência teórica do conceito de tensividade na descrição semiótica. Apesar de ser uma posição conciliadora, esse movimento teórico representa, para muitos, a passagem de uma semiótica da diferença para uma semiótica do intervalo. No entanto, é preciso destacar que a coexistência de grandezas não deve implicar operações exatamente graduais na descrição do sensível, muito menos a subordinação das operações opositivas àquelas consideradas escalares, como fazem parecer algumas interpretações da semiótica tensiva. As formulações teóricas de Zilberberg nos permitem pensar em uma simulação da gradualidade por meio de uma complexificação do descontínuo, em que determinadas operações analíticas diluem as fronteiras entre as unidades discretas, sem, no entanto, eliminá-las por completo. Trata-se, a nosso ver, de uma graduação da diferença, por outra operação diferencial, de ordem metalinguística. Com a adoção desse ponto de vista a complexidade não daria azo a qualquer interpretação substancialista ou ontologizante e ganharia estatuto epistemológico de instância de mediação entre as abordagens semióticas que dirigem sua atenção para a dimensão tanto do contínuo quanto do descontínuo. Além disso, o postulado da diferença, condição sine qua non da inteligibilidade científica, mantém-se intacto na descrição dos afetos pelo viés da tensividade.

     

  • English

    Complexity occupies a prominent place in the tensive hypothesis formulated by Claude Zilberberg. The focus of this article is to promote, as a tribute, a reflection on the theoretical treatment given by him to this phenomenon. Zilberberg (2010, 2011a) assumes a "development complexity" that allows the coexistence or "collaboration" between discrete and gradual units and that maintains the theoretical coherence of the concept of tensiveness in the semiotic description. Despite being a conciliatory position, this theoretical movement represents for many the passage from a semiotics of difference to a semiotics of interval. However, it should be noted that the coexistence of magnitudes should not imply exactly graded operations in the description of the sensible, let alone the subordination of the operations opposed to those considered scalar, as some interpretations of tensive semiotics suggest. Zilberberg’s theoretical formulations allow us to think of a simulation of graduality through a complexification of the discontinuous dimension, in which certain analytic operations dilute the boundaries between the discrete units, without, however, eliminating them completely. It is, in our opinion, a gradation of difference, by another differential operation, of a metalinguistic order. With the adoption of this view, complexity would not give rise to any substantialist or ontologizing interpretation and would gain epistemological status as an instance of mediation between semiotic approaches that direct their attention to the dimension of both the continuous and the discontinuous perspectives. Moreover, the postulate of difference, a sine qua non of scientific intelligibility, remains intact in the description of affections by the bias of tensivity.


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