The article focuses on the rural/country education developed inside popular social movements. It deals with the experiences of the CFRs - Casas Familiares Rurais (Rural Family Houses) and EFAs - Escolas Famílias Agrícolas (Agricultural Family Schools) linked to rural workers unions, non-governmental organizations and community associations. It also deals with the experiences of the FUNDEP - Fundação de Desenvolvimento, Educação e Pesquisa da Região Celeiro (Foundation for the Development, Education and Research of the Celeiro Region) and of the ITERRA - Instituto de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (Institute for Training and Research of the Land Reform), both linked to the Via Campesina-Brasil (Campesino Way - Brazil). The objective is to capture, in the experiences of formation that articulate labor and education carried out by these movements and organizations, the contradictions expressed in the practices/conceptions of the Pedagogy of Alternating. These contradictions have the potential to shed light on the projects of society envisaged by the collective subjects that build their pedagogical proposals upon the relation between productive work and schooling. In this sense, the Pedagogy of Alternating can point to a work-education relation of a new kind, based on cooperation and self-management. It can nevertheless, also mean forms of control of social tensions, signaling with the possibility of the rural worker remaining in the land, as well as of masking unemployment by alternating professional education and paid apprenticeships through alliances with companies, which then become agents of formation.
O artigo aborda a educação rural/do campo gestada nos movimentos sociais populares. Focaliza as experiências das Casas Familiares Rurais (CFRs) e das Escolas Famílias Agrícolas (EFAs), vinculadas aos sindicatos de trabalhadores rurais, Organizações Não Governamentais (ONGs) e associações comunitárias, e as experiências da Fundação de Desenvolvimento, Educação e Pesquisa da Região Celeiro (FUNDEP) e do Instituto de Capacitação e Pesquisa da Reforma Agrária (ITERRA), vinculadas à Via Campesina-Brasil. O objetivo é captar, nas experiências de formação que articulam trabalho-educação feitas por esses movimentos e organizações, as contradições expressas nas práticas/concepções de Pedagogia da Alternância. Tais contradições têm o potencial de iluminar os projetos de sociedade perspectivados pelos sujeitos coletivos que constroem suas propostas pedagógicas assentadas sobre a relação trabalho produtivo e educação escolar. Nesse sentido, a Pedagogia da Alternância pode apontar para uma relação trabalho-educação de novo tipo, tendo por base a cooperação e a autogestão. No entanto, pode também significar formas de controle das tensões sociais, acenando para a possibilidade de o agricultor permanecer na terra, bem como mascarar o desemprego, alternando educação profissional e estágio remunerado por meio de políticas de parceria com empresas que se tornam agentes de formação.
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