Manuel Tavares, Eduardo Santos
A proposta que discutimos neste texto, de uma epistemologia crítica pós-colonial em oposição à epistemologia ocidentocêntrica, segue a produção teórica dos autores do Grupo Modernidade-Colonialidade (MC). O diálogo intercultural e o intercâmbio de experiências e significações vazadas em outras racionalidades que, com alguma legitimidade, poderão ter a pretensão de alguma universalidade, são propostos no texto como a outra face possível de sociedades de conhecimento emancipatório, em oposição ao simplismo de sociedades de mercado. Dessa forma, buscamos ampliar os horizontes teórico-epistêmicos que potencializem a construção de uma nova geopolítica do conhecimento, a partir da diversidade de saberes e culturas que existem no Sul. A tese central do texto é que a defesa dos processos de decolonialidade das instituições educativas constitui pressuposto da construção de uma outra geopolítica do conhecimento. Nossas teorizações se concentram no território latino-americano e se valem de exemplos da educação brasileira.
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