Este trabalho pretende analisar o poema “A Willy Lewin morto”, a fim de apontar que uma suposta efeméride pode revelar, além do cunho afetivo, vínculos literários entre o, agora, poeta renomado e o seu mentor intelectual durante a juventude, no Recife. Como os estudos acerca de Willy Lewin são escassos, este trabalho se baseará nas referências ao longo da obra de João Cabral, em entrevistas, correspondências e informações obtidas em documentos de fontes primárias do espólio documental de João Cabral. Será discutido como Lewin, a quem é dedicado o principiante Pedra do sono (1942), é retomado nesse poema de Museu de tudo (1975), assumindo ares de leitor especializado de quem o poeta amadurecido busca “o sim e o desagrado”.
This work intends to analyze the poem “A Willy Lewin morto” as a way to showcase that supposed ephemerality might reveal, beyond affection, literary bonds between João Cabral de Melo Neto and his intellectual mentor during his youth in Recife (Brazil). As studies on Willy Lewin are scarce, this work will be based on references throughout João Cabral de Melo Neto’s work, in interviews, correspondence, and other information obtained first hand through João Cabral’s documentary collection. This paper will discuss how Lewin, to whom he dedicated one of his early works, ‘Pedra do Sono’ (1942), is once again referenced in this poem from ‘Museum of Everything’ (1975), assuming a role of a specialized reader from whom the poet seeks approval.
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