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A violência na escola:: conflitualidade social e ações civilizatórias

  • Autores: Jose Vicente Tavares dos Santos
  • Localización: Educaçao e Pesquisa: Revista da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, ISSN-e 1678-4634, Vol. 27, Nº. 1, 2001
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Violence at school:: social conflictuality and civilizatory actions
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      O reconhecimento da violência no espaço escolar como um enclausuramento do gesto e da palavra, uma das novas questões sociais globais, parece ser um caminho interpretativo fecundo. O que está em risco é a função da escola de socialização das novas gerações, pois a instituição escolar aparece enquanto locus de explosão de conflitos sociais em, pelo menos, 23 países nos quais a violência na escola foi considerada um fenômeno de sociedade. A compreensão das relações entre a escola e as práticas da violência passam pela reconstrução da complexidade das relações sociais na escola. No caso em estudo - a violência no espaço escolar, na cidade de Porto Alegre, entre 1996 e 2000 - são as combinações entre as relações de classe e as relações entre grupos culturais que permitem uma explicação: espaço social marcado por um desencontro entre a instituição escolar e as particularidades culturais das populações pobres das grandes cidades. Os programas contra a violência que existem nos principais países, inclusive em algumas escolas municipais de Porto Alegre, desenvolvem a metodologia de mediação de conflitos como uma das propostas de pacificação do espaço escolar: uma prática de negociação instaurada no interior da escola, em especial nos próprios grupos de alunos, através, por exemplo, da idéia de mediação pelos pares, de forma a criar responsabilidades e tentar satisfazer as necessidades dos jovens, mediante o desenvolvimento de um ambiente solidário, humanista e cooperativo.

    • English

      Recognizing violence within the school as an imprisonment of gesture and word - one of the new global social issues - seems a fruitful interpretative path. What is at risk is the school function of socializing the new generations, because the school body appears as a locus of explosion of social conflicts in at least twenty-three countries where violence at school was regarded as a social phenomenon. The understanding of the relationships between the school and violent practices depends on the reconstruction of the complexity of social relations at school. In the case under study - the violence within the schools in the Brazilian city of Porto Alegre between 1996 and 2000 - the combination of class relationships and group relationships will afford an explanation: a social space characterized by a mismatch between the school and the cultural features of the poor people of big cities. The programs against violence implemented in some schools of Porto Alegre have carried out the methodology of conflict mediation as one of the proposals to pacify the school space. This is a practice of negotiation established within the school, especially within the groups of pupils - through, for instance, the idea of peer mediation - as a way of creating responsibilities and to meet the needs of youngsters via the establishment of a solidary, humanist and cooperative environment.


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