El presente artículo ha sido elaborado a partir del relato de una mujer conchera afroecuatoriana de la isla de Muisne y explora la experiencia de sobrevivir al terremoto de 7,8 grados en la escala de Richter del 16 de abril de 2016, así como las dinámicas que dieron paso a la construcción y reconstrucción de sus espacios. A través de un respaldo teórico conjugado con descripciones periodísticas, se indaga sobre el contexto previo al evento natural que dejó en evidencia situaciones de pobreza, violencia, falta de institucionalidad y carencias en la gestión riesgos por parte del Estado.
En el caso particular de las muisneñas, las desigualdades de género se agudizaron en esta conexión entre el abandono previo, el desastre y los nuevos paisajes geopolíticos del desalojo. Sin embargo, después del desastre surgieron estrategias y procesos de resistencia y de apropiación de los espacios de las mujeres que significaron un replanteamiento en sus condiciones de vida.
This article relies on the story of an Afro-Ecuadorian female mollusk collector from Muisne Island. It explores the experience of surviving the 7.8 Richter scale earthquake of April 16, 2016, and the dynamics that gave way to building and rebuilding spaces. Within a theoretical framework combined with journalistic descriptions, it looks into the context before the natural disaster, which revealed poverty, violence, absence of institutions, and deficiencies in risk management by the state. In the particular case of Muisne women, gender inequalities became more acute in this convergence between previous abandonment, the disaster, and the new geopolitical landscapes of eviction. However, the disaster gave rise to strategies and processes of resistance and appropriation of spaces by women, which meant rethinking their living conditions.
O presente artigo tem sido preparado a partir do relato de uma mulher conchera afroequatoriana da ilha de Muisne e explora a experiência de sobreviver ao terremoto de 7,8 graus na escala Richter de 16 de abril de 2016, bem como as dinâmicas que deram lugar à construção e reconstrução dos seus espaços. Por meio de um suporte teórico conjugado com descrições jornalísticas, indaga-se sobre o contexto anterior ao acontecimento natural que revelou situações de pobreza, violência, falta de institucionalidade e deficiências na gestão dos riscos por parte do Estado.
No caso particular das Muisneñas, as desigualdades de gênero tornaram-se mais agudas nessa conexão entre o abandono anterior, o desastre e os novos cenários geopolíticos do desalojamento. Porém, após o desastre, surgiram estratégias e processos de resistência e apropriação dos espaços das mulheres, o que significou um repensar de suas condições de vida.
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