Este texto tem por objetivo analisar as experiências que tive enquanto homossexual e estando na formação de professores(as), desenvolvendo atividades com o PIBID, Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. Metodologicamente, ele se fundamenta no campo das narrativas autobiográficas, costurando vivências da homossexualidade no contexto educacional com o conhecimento historicamente produzido por: Chizzotti (2018); Freire (1996, 2011); Fry e Macrae (1985); Laiara (2001); Louro (1997, 2000a, 2000b); Minayo (1993); Santos (2008, 2010); Vainfas (2010). Este artigo analisa experiências vividas no PIBID, expondo as representações que são feitas pelos atores escolares a respeito da diversidade LGBTTQIA+. Ele vem a somar com as demais pesquisas que discutem as questões de gênero e sexualidades na educação, tema que é relativamente recente, mas que, por diretamente trabalharem em foco de uma desconstrução dos cis-heteronormativismos que culminam nas violências às mulheres e à população LGBTTQIA+, possuem enorme relevância. Apesar dos alarmantes índices de violência, o Estado e a escola se fazem omissos no combate e enfrentamento às práticas que culminam nos preconceitos e mortes da população LGBTTQIA+. Concluímos que, por deixar de trabalhar as questões de gênero e sexualidades dentro de seu espaço, a educação e a escola acabam por tornarem-se instrumentos de produção e manutenção da violência contra a população LGBTTQIA+ da sociedade.
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