In the late 1950s, José Guilherme Paradiz created a local pirate broadcaster in Pernes, in the Santarém district. Despite the regime of dictatorship and censorship, the experience continued for almost a year, between 1959 and 1960. Rádio Paradiz, as the broadcaster was called, thus anticipates in 18 years the beginning of the existence of local pirate broadcasters in Portugal, despite being an isolated case that would not continue in the following years. In the history of Portuguese pirate local radio, Rádio Paradiz would only have a successor in 1977, when Rádio Juventude was created in Odivelas. The article seeks to situate this experience in the context of the Portuguese broadcasting sector in the transition of decades (from 1950 to 1960) and the theoretical framework of local pirated broadcasting in Europe and Portugal, seeking to identify in the experience of Rádio Paradiz specificitiesthat would characterize the local broadcasting movement in the 1970s and 1980s. For our research on this pirated broadcasting experience, we used documentary sources, in particular articles published in the local and national press and an interview with the radio's founder, José Guilherme Paradiz. Rádio Paradiz would end in the mid-1960s when PIDE went to Pernes to close the station.
No final da década de 1950, José Guilherme Paradiz criou uma emissora local pirata em Pernes, no distrito de Santarém. Apesar do regime de ditadura e da censura, a experiência manteve-se durante praticamente um ano, entre 1959 e 1960. A Rádio Paradiz, assim se chamava a emissora, antecipa assim em 18 anos o início da existência de emissoras locais piratas em Portugal, apesar de se constituir como um caso isolado que não teria continuidade nos anos seguintes. Na história das rádios-piratas portuguesas, a Rádio Paradiz só teria uma sucessora em 1977, quando foi criada a Rádio Juventude, em Odivelas. O artigo procura situar esta experiência no contexto do setor da radiodifusão portuguesa na transição de décadas (de 1950 para 1960) e no quadro teórico da radiodifusão local pirata na Europa e em Portugal, procurando identificar na experiência da Rádio Paradiz especificidades que viriam a caracterizar o movimento da radiodifusão local nas décadas de 1970 e 1980. Para a nossa pesquisa sobre esta experiência de radiodifusão pirata, recorremos a fontes documentais, em particular artigos publicados na imprensa local e nacional e a uma entrevista ao fundador da rádio, José Guilherme Paradiz. A Rádio Paradiz terminaria em meados de 1960, quando a PIDE se dirigiu à localidade de Pernes para encerrar a emissora.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados