Os dois livros aqui analisados encaixam-se perfeitamente nesse novo momento de renovação dos estudos do fascismo e da direita radical como um todo. Eles rompem com os limites temporais tradicionais, recuando ou avançando no tempo para recuperar personagens e ideias fundamentais para o entendimento do autoritarismo nos últimos séculos e do fascismo no seu momento clássico, entre as guerras mundiais. Eles dão destaque a elementos importantes nos fascismos, mas que os transcendiam, como o corporativismo e o autoritarismo. Em termos geográficos, por sua vez, ambos relativizam o foco na Alemanha e na Itália e dão destaque a uma região importante na história da direita radical, mas tradicionalmente colocada em segundo plano: o mundo latino, ou seja, o sul da Europa e a América Latina.
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