O presente estudo teve por objetivo elucidar a inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em instituições religiosas na cidade de Curitiba, através da percepção dos pais e responsáveis legais. A fundamentação teórica pautou-se nos autores, Darke (2015), Silva (2015), Cunha (2016), Lacerda (2017) etc. A pesquisa exploratória assentou-se numa abordagem descritiva, utilizando questionário disponibilizado pelo google forms e foi aplicado a uma amostra de 31 respondentes. Os achados indicaram que 81% da amostra frequenta alguma instituição religiosa, dos quais 56% afirmam não existir ações inclusivas em suas instituições, 48% afirmam que os líderes religiosos não dão importância para a inclusão e para o autismo e 60% relatam estar insatisfeitos ou pouco satisfeitos com a inclusão no contexto religioso. A partir dos dados, realizou-se a análise de conteúdo, que dividiu as respostas em duas categorias, práticas inexistentes (necessárias) para inclusão e práticas existentes. Como práticas existentes no contexto religioso foram apontadas a presença de voluntários preparados e adequações ambientais. Já como práticas inexistentes, porém necessárias para efetiva inclusão, foram citados materiais e ambientes adaptados, treinamentos e maior conscientização. Assim, verificou-se que embora a inclusão de crianças com TEA seja um processo complexo, o segmento religioso parece ter despertado para esta demanda.
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