Resumen de Desgarramento e pontuação em textos de vestibulandos

Violeta Virginia Rodrigues, David Novaes Cidade

• English

  The detachment phenomenon allows us to accept the possibility of subordinate clauses occurring syntactically independent from their main clauses, being seperate from them through a full stop punctuation mark. According to Decat (2011), detachment is the phenomenon through which information units are identified as occurring loosely in linguistic structures and the full stop punctuation mark is the main indication of it on writing. Thus, our hypothesis is based on the idea that the non conventional use of such punctuation mark (TENANI; SONCIN, 2010), which isolates and enhances the subordinate clauses that traditionally constitute a compound period, not only modifies the syntactic structure of the period but also shows a communicative intention of the writer. In this manner, we adopt the funcionalist proposal that supports the idea that apositive relative clauses and circumnstancial clauses are cases of hypotaxis and not subordination. We also analyze the uses of such structures in a detached materialization, collecting the examples from a corpus composed of 197 writing compositions taken from educacao.uol.com.br (CIDADE, 2020). The results found though the present analysis confirm the ones previously indicated by Rodrigues (2019).

• português

  O fenômeno do desgarramento permite-nos aceitar a possibilidade de que “subordinadas” ocorram sintaticamente independentes de suas principais e separadas destas por ponto final. Segundo Decat (2011), desgarramento é o fenômeno pelo qual se identificam unidades de informação que ocorrem soltas nas estruturas linguísticas e o ponto é o principal índice deste fenômeno na escrita. Partimos, portanto, da hipótese de que o uso não-convencional (TENANI; SONCIN, 2010) desse sinal de pontuação, de forma a isolar e realçar as “subordinadas” que tradicionalmente comporiam um período composto, não só modifica a estrutura sintática do período como também evidencia uma intenção comunicativa do escrevente. Assim, adotamos a proposta funcionalista de que relativas apositivas e circunstanciais constituem casos de hipotaxe e não de subordinação, e analisamos usos dessas estruturas materializadas de forma desgarrada em um corpus composto de 197 redações do site educacao.uol.com.br (CIDADE, 2020). Os resultados encontrados confirmam os de Rodrigues (2019).