En este trabajo se analiza de forma breve el origen y evolución de la responsabilidad penal de las personas jurídicas a lo largo de los siglos, comenzando por el Derecho romano y examinando después el Derecho medieval y el Derecho canónico, hasta llegar al debate de esta cuestión en el siglo XIX. Aunque frecuentemente se ha presentado como obvio y vetusto el principio societas delinquere non potest, lo cierto es que su formulación no puede remontarse más allá del siglo XVIII o de la primera mitad del siglo XIX, habiendo dominado en los precedentes siete siglos la idea opuesta universitas delinquere et puniri potest. En efecto, durante los siglos anteriores al siglo XIX se admitía la capacidad criminal de las corporaciones y, por ende, la posibilidad de declarar su responsabilidad penal por la comisión de un delito. La discusión dogmática se centraba especialmente en la cuestión de si las corporaciones, como entes sin alma, podían ser castigadas con penas espirituales como la excomunión. Este trabajo se inserta dentro de las líneas de investigación del Grupo de Estudios Penales de la Universidad de Zaragoza.
This paper briefly analyzes the origin and evolution of Corporate Criminal liability over the centuries, beginning with Roman Law and then examining medieval law and canon law, until reaching the debate on this question in the nineteenth century. Although the principle societas delinquere non potest has frequently been showed as obvious and outdated, its formulation cannot go back beyond the eighteenth century or the first half of the 19th century having dominated in the preceding seven centuries the opposite idea universitas delinquere et puniri potest. Indeed, during the centuries prior to the 19th century, the criminal capacity of corporations was admitted and, therefore, the possibility of declaring their criminal liability for the commission of a crime. At that time the discussion focused especially on whether corporations, as soulless entities, could be punished with spiritual punishment such as excommunion. This work is inserted within the research lines of the Criminal Studies Group of the University of Zaragoza.
Este trabalho analisa brevemente a origem e evolução da responsabilidade penal das pessoas jurídicas ao longo dos séculos, começando pelo Direito Romano e passando pelo Direito medieval e pelo Direito Canônico, até chegar ao debate sobre essa questão, no século XIX. Embora o princípio societas delinquere non potest tenha sido frequentemente apresentado como óbvio e desatualizado, a verdade é que sua formulação não pode ir além do século XVIII ou da primeira metade do século XIX, tendo a ideia oposta universitas dominado nos sete séculos precedentes. delinquere et puniri potest. Com efeito, durante os séculos anteriores ao século XIX, foi admitida a capacidade criminosa das empresas e, portanto, a possibilidade de declarar a sua responsabilidade criminal pela prática de um crime. A discussão dogmática focou especialmente na questão de saber se as corporações, como entidades sem alma, poderiam ser punidas com penalidades espirituais, como a excomunhão. Este trabalho está inserido nas linhas de pesquisa do Grupo de Estudos Criminais da Universidade de Zaragoza.
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