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Resumen de Movimentos migratórios no cenário internacional: a pluralidade da política imigratória brasileira (1946-1954)

Amanda Pereira dos Santos

  • English

    This article examines some aspects of the agreements signed between the Brazilian government and two international organizations, which exercised control over international migratory movements after the Second World War: the International Refugee Organization and the Intergovernmental Committee for European Migration. The establishment of the international regime on refugees proceeded from the mutual interests expressed by western states, which aimed at international cooperation to direct migratory flows. It is argued that Brazilian foreign policy guidelines continued to be aligned with the Western Bloc in the context of the Cold War, which led to the reception of refugees who had fled European countries during and after the end of World War II. The entry of these people into the country met the demand for labor in the agricultural and industrial sectors, which were developing on a large scale. On the other hand, it is noteworthy that the rules for the entry of refugees and immigrants into Brazil were characterized as selective and sought to prevent the immigration of “undesirable elements”, based on ethnic, economic, political-ideological, and moral justifications.

  • português

    Este artigo examina alguns aspectos dos acordos firmados entre o governo brasileiro e dois organismos internacionais, que exerceram controle sobre os movimentos migratórios internacionais no pós- -Segunda Guerra Mundial: a Organização Internacional de Refugiados e o Comitê Intergovernamental para as Migrações Europeias. A constituição do regime internacional acerca dos refugiados procedeu dos interesses mútuos manifestados pelos Estados ocidentais, que visaram a cooperação internacional para dirigir os fluxos migratórios. Argumenta-se que as diretrizes da política externa brasileira seguiram alinhadas ao Bloco Ocidental na conjuntura da Guerra Fria, o que propiciou a recepção de refugiados que tinham fugido de países europeus durante e após o término da Segunda Guerra. A entrada dessas pessoas no país atendia à demanda por mão de obra nos setores da agricultura e da indústria, que se desenvolviam em larga escala. Em contrapartida, destaca-se que as normas de entrada dos refugiados e imigrantes no Brasil caracterizaram-se como seletivas e procuraram impedir a imigração de “elementos indesejáveis”, balizados em justificativas étnicas, econômicas, político-ideológicas e morais.


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