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O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz: a ficção como (re)escrita da História

    1. [1] Universidade de São Paulo

      Universidade de São Paulo

      Brasil

  • Localización: REVELL: Revista de Estudos Literários da UEMS, ISSN-e 2179-4456, Vol. 1, Nº. 24, 2020 (Ejemplar dedicado a: Escrevivências de mulheres negras em diáspora), págs. 105-123
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      This study seeks to analyze the novel O crime do Cais do Valongo, written by Brazilian journalist and writer Eliana Alves Cruz, published in 2018. The intention of this work is to investigate how the author uses historical resources to build the fictional narrative presented in the novel, understanding that History is also a discourse and, as such, a social construction. Therefore, making use of fictionalization, the author introduces us to the character Muana Lomuè, a Mozambican slave in Brazil, who takes on the narrative in first person for the majority of the book - an important formal feature when building a rich and complex black character, as we show in this study, that goes against the black people stereotypes cemented in Brazilian literature. With that, we also endorse that Cruz’s work may be a relevant element to be added to the literary repertoire offered in the Brazilian curriculum, oriented by an anti-racist education. In addition, we try to put into perspective the use of artifices that belong to the genre of crime fiction, which helps Muana to become both the witness and the agent of the story that’s being told, as well as highlight the notion of crime when associated to the context of slavery in which the plot is developed.

    • português

      O presente artigo busca analisar o romance O crime do Cais do Valongo, da jornalista e escritora carioca Eliana Alves Cruz, publicado em 2018. Pretende-se com este trabalho investigar como a autora se vale de recursos históricos para construir a narrativa ficcional apresentada na obra, no entendimento de que aHistória também é um discurso e, como tal, uma construção social. Assim, valendo-se da ficcionalização, apresenta-nos a personagem Muana Lomuè, uma moçambicana escravizada no Brasil, que assume a narração em primeira pessoa em boa parte do livro, um recurso formal importante, como demonstramos no artigo, para a construção rica e complexa de uma personagem negra, contrariando os estereótipos que se consolidaram acerca do negro na literatura brasileira. Com isso, defendemos também que a obra de Cruz pode ser um componente relevante para o repertório literário a ser oferecido nos currículos, orientados por uma educação antirracista. Ainda, buscamos colocar em perspectiva o uso de artifícios do gênero romance policial que contribui para tornar Muana tanto testemunha como agente da história narrada, além de pôr em relevo a noção de crime quando associada ao contexto escravista em que sedesenvolve o enredo.


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