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A língua não-padrão em traduções literárias brasileiras: nova tendência ou legado histórico?

    1. [1] Universidade Federal Fluminense

      Universidade Federal Fluminense

      Brasil

  • Localización: Scripta, ISSN-e 2358-3428, ISSN 1516-4039, Vol. 24, Nº. 50, 2020 (Ejemplar dedicado a: Linguística aplicada e Literatura: uma interface possível), págs. 90-112
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      There is a historical tendency to elevate the register of direct discourse in translated literature in Brazil by introducing normative linguistic elements uncommon in Brazilian oral expression. On the other hand, analyses of some recent literary translations from English into Brazilian Portuguese, particularly of those published after 2000, indicate that attempts are being made to translate English variations using some (pseudo) variation of Brazilian Portuguese. Given the current context, a major question arises: is using variation in the target language to translate variation in the source language really a recent phenomenon? That is, how far back into the 20th century can resistance to homogenizing normative language be identified in the translation of direct non-standard English discourse? The findings of this study indicate that Brazilian attempts to voice non-standard English with non-standard Portuguese is a relatively old translation practice, although it has never been a homogenous one.

    • português

      Há no Brasil uma tendência a elevar o registro do discurso direto em traduções literárias ao introduzir elementos linguísticos da norma culta pouco comuns na oralidade. Por outro lado, análises de traduções recentes do inglês para o português brasileiro, particularmente daquelas publicadas pós- anos 2000, demonstraram tentativas de tradução de variações linguísticas do discurso direto como alguma forma de (pseudo) variação linguística do português brasileiro. Nesse contexto questiona-se: as tentativas de utilização de variação no texto-alvo na tradução da variação do texto-fonte são realmente fenômeno recente na tradução literária? Ou seria possível encontrar elementos que apontam para uma resistência contra o uso homogeneizado da norma culta ao traduzir o discurso direto não-padrão já nas primeiras décadas do século XX? Achados indicam que a tentativa de dar voz às representações do discurso não-padrão em traduções literárias brasileiras utilizando português não-padrão é uma prática relativamente antiga, ainda que nunca tenha sido homogênea.


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