A estrutura narrativa inteligível proposta por Ricoeur depende da semântica da ação, da simbolização da ação e da temporalidade. Procuraremos demonstrar não apenas uma capacidade da ação de ser narrada para que esta temporalidade seja (humanamente) significativa, mas também uma necessidade desta ação de ser narrada e uma necessidade da narrativa para que a temporalidade seja (humanamente) compreendida. Ricoeur sugere que a linguagem possui uma “reserva de significações usuais” que foram criadas pela relação - e sustentam a relação - de dependência entre ser, tempo e narrativa e as expressões que o fazem, e que se desdobram desde os tempos verbais até os advérbios de tempo. Para justificar a teoria ricoeuriana, passaremos pelo tríplice presente de Agostinho e pela fenomenologia hermenêutica de Heidegger, buscando entender de que maneira se faz esta ordenação prática do tempo cotidianamente.
The intelligible narrative structure proposed by Ricoeur depends on the semantics of action, the symbolization of action and temporality. We will try to demonstrate not only an ability of the action to be narrated so that this temporality is (humanly) significant, but also a need for this action to be narrated and a narrative’s need so that the temporality is (humanly) understood. Ricoeur suggests that language has a “reserve of usual meanings” that were created by the relationship - and support the relationship - of dependence between being, time and narrative and the expressions that do it, and that unfold from verb tenses to adverbs of time. To justify the Ricoeurian theory, we will go through Augustine's threefold present and Heidegger's hermeneutic phenomenology, seeking to understand how this practical ordering of time is done on a daily basis.
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