Central do Brasil: “Esporte” de Risco

• Autores: José Paulo Florenzano
• Localización: dObra[s]: revista da Associação Brasileira de Estudos de Pesquisas em Moda, ISSN 1982-0313, ISSN-e 2358-0003, Vol. 12, Nº. 27, 2019, págs. 103-121
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Central do Brasil: Risky “Sport”
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• Resumen
  • English

    The article explores practices developed by the passengers of “Central do Brasil” railway station, who used to travel hanging on to the outside of the trains and even on their roofs. The focus of the study is on the span between the fifties and eighties of the last century. The practice was initially used due to the needs of overcoming overcrowded trains and not being late for work but - over time has, gained autonomy against the imperative that determined it, taking on new motivations. During the sixties, the practice met the dual need to satisfy the desire for leisure and to express the sense of outrage of the penniless youth from Rio de Janeiro suburbs. In this sense, the article also highlights the practice of these self-appointed train surfers, placing it in the contrasting framework established with the art of sea surfers, and, at the same time, mimicked, emulated and hierarchized by young people who, on the train tracks, challenged their death.

  • português

    O artigo trata das práticas desenvolvidas pelos passageiros da Central do Brasil que viajavam pendurados nas portas, nas janelas e no teto das composições, focalizadas entre os anos 1950 e 1980. Inicialmente utilizada pela necessidade de enfrentar a superlotação e não perder a hora no emprego, a prática pingente foi adquirindo ao longo do tempo autonomia face ao imperativo que a determinara, revestindo-se de novas motivações. No decorrer dos anos 1960, ela atendia a dupla necessidade de satisfazer o desejo de lazer e de manifestar o sentimento de revolta da juventude despossuída dos subúrbios cariocas. Nesse sentido, o texto destaca, ainda, a prática dos autodenominados surfistas ferroviários, situando-a no quadro contrastivo estabelecido com a arte dos surfistas marítimos, ao mesmo tempo, mimetizada, emulada e hierarquizada pelos jovens que, nos trilhos de trens, desafiam a morte.