Marco Aurelio de Oliveira Leal, Rayanna Lucylle Simões Vilela Tavares
A jovem independência de Moçambique ainda traz elementos da colonialidade que afligiu o país. Homens e mulheres lutaram não apenas pela independência, mas numa nociva guerra civil no pós independência, um cenário em que sua história era ainda narrada a conta gotas, muitas vezes sem um espaço de inserção para moçambicanos e moçambicanas enquanto narradores. A literatura que convocamos para esta reflexão funciona como um elemento de representação frente ao silenciamento de sua própria história, muitas vezes contada pela figura do colonizador. A contribuição que aqui apresentamos traz uma reflexão sobre a história de Moçambique e o desenvolvimento de sua literatura. A investigação e a análise desenvolvida, de caráter panorâmico, faz referência ao processo de formação do estado-nacional, após o acordo que garantiu a transferência do poder político à Moçambique, mais especificamente à FRELIMO, incluindo as contradições nas propostas ideológicas do partido e nos diversos desvios e problemas que ali se manifestaram.
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