Teresa Sarmento, Daniela Silva
“I want my Shela, I want my friends”, the statement of Madalena, affirming her desire to return to the nurserie which, in normal times, she attends, introduces this reflection of eventual social isolation of babies in pandemic’ times. The report of families about how children from 0 to 3 years old have experienced these times, as well as what educators tell us about how distance monitoring was done and their return to institutions, help us to analyse the importance of nurseries as an educational space, particularly as a socialization forum, also highlighting the relevance of educational co-responsibility between parents and professionals. We will start with a framework in which we will address the purposes of nurseries and the general panorama translated by the low coverage of this valence in Portugal, showing that there are babies who may be at risk of isolation even in times of non-covid. In the second part, valuing the narratives of experience as an informative and formative resource, and, at the same time, as a historical record of an unusual time, we bring to analysis the description of the process developed in a nurserie, trying to assess what the children and the collaborative opportunities between parents and educators around what we understand as emancipatory childhood education.
“Queo a minha Shela, queo os amigos”, a afirmação da Madalena a afirmar a sua vontade em voltar à creche que, em tempo normais, frequenta, introduz o texto que pretendemos apresentar sobre o ‘isolamento social’ de bebés em tempos de pandemia. O relato de famílias sobre como as crianças dos 0 aos 3 anos têm vivenciado estes tempos de afastamento, bem como o que nos contam educadoras sobre como foi feito o acompanhamento a distância e acerca do seu regresso às instituições, ajudam-nos a refletir na importância das creches como espaço educativo, particularmente como fórum de socialização, realçando a relevância da corresponsabilização educativa entre pais e profissionais de educação. Iniciaremos por um enquadramento sobre as finalidades das creches e o panorama geral traduzido pela baixa cobertura desta valência em Portugal, mostrando que há bebés que podem estar em risco de isolamento mesmo em tempos de não-covid. Na segunda parte do texto, valorizando as narrativas de experiência como recurso informativo e formativo, e, ao mesmo tempo, como registo histórico de um tempo inusitado, trazemos para análise a descrição do processo desenvolvido numa creche, procurando aferir o que manifestam as crianças e as oportunidades colaborativas entre pais e educadores em torno do que entendemos como educação de infância emancipatória.
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