Roger Albernaz De Araujo, Tamires Guedes dos Santos
O presente artigo tangencia o conceito de tensor esgueirando-se pelos platôs linguísticos de Mil platôs, agenciando o que Deleuze e Guattari potencializam em o que passou?, e que buscamos atualizar em o que passa? Nesse sentido, buscamos a articulação entre o que ambos os conceitos movimentam: isso, que acontece na relação entre dois ou mais estratos. Percebemos que o tensor transversa a obra de Deleuze e Guattari e, mesmo que não exerça um relevo, está lá, estrategicamente em funcionamento. Destarte, desejamos articular com esses conceitos de partida, uma possibilidade para poder inventariar os deslocamentos imanentes de escrileitura, como forma de aproximar procedimentos didático-tradutórios, que possam vir a ser envolvidos em uma pesquisa, que deseja experimentarse em momentos de invenção. Para tanto, problematizamos uma tríade conceitual – tensor, o que passa?, e escrileitura, de modo a possibilitar perspectivas de composição e de funcionamentode uma máquina abstrata escrileitora de invenções. Com o Método Maquinatório de Pesquisa, afirmamos a busca por dar vez e voz a um processo de maquinações, que possam vir tensionar uma crítica sintomatológica, duplamente articulada a uma clínica maquinatória; um Plano de Organização tensionado por um Plano de Invenção; e, no intermezzo desses encontros, algo passa, algo pode passar; e, assim, persistem os rastros de uma escrileitura, envolta e revolta em um contínuo recursivo: escrever-ler-escrever. Nesse percurso, jogamos os dados em um tabuleiro desejante; procuramos abrir um caminho para a passagem de procedimentos escrileitores de invenção, e ensaiamos uma aposta: poder tensionar a transitividade atual-potencial do fazer linguístico, literário e escritureiro.
This article touches on the concept of tensor sneaking through the linguistic plateaus of Thousand Plateaus, managing what Deleuze and Guattari potentiate in what happened?, and what do we seek to update in what happens? In this sense, we seek the articulation between what both concepts move: this, which happens in the relationship between two or more strata. We perceive that the tensor crosses the work of Deleuze and Guattari and, even if it does not exert a relief, it is there, strategically at work. Thus, we want to articulate with these starting concepts, a possibility to be able to inventory the immanent displacements of writing, as a way to bring together didactic-translatory procedures, which may be involved in a research, which wants to experiment in moments of invention. Therefore, we problematize a conceptual triad – tensor, what passes?, and writing, in order to enable perspectives of composition and functioning of an abstract machine that writes inventions. With the Machinery Research Method, we affirm the search for giving time and voice to a process of machinations, which may come to tension a symptomatological critique, doubly articulated with a machine-like clinic; an Organization Plan tensioned by an Invention Plan; and, in the intermezzo of these encounters, something passes, something can pass; and, thus, the traces of a writing still persist, enveloped and revolted in a recursive continuum: write-read-write. Along the way, we play the dice on a desiring board; we seek to open a path for the passage of writing procedures of invention, and we try a bet: to be able to tension the current-potential transitivity of linguistic, literary and scribal making.
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