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Cartas, solidão e voz para uma pós-memória: Maremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida

    1. [1] Universidade do Minho

      Universidade do Minho

      Braga (São José de São Lázaro), Portugal

  • Localización: Abril: Revista do Estudos de Literatura Portuguesa e Africana - NEPA UFF, ISSN-e 1984-2090, Vol. 13, Nº. 27, 2021 (Ejemplar dedicado a: Decolonizations: Residual Memories), págs. 125-135
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Letters, solitude and voice for a post-memory: Maremoto of Djaimilia Pereira de Almeida
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      This article seeks to look into the act of creating a post-memory based on the analysis of the novel Maremoto, of Djaimilia Pereira de Almeida. Collecting the theoretical contributions from the sociology of absences (SANTOS, 2002) and from the post-colonial sociology of absences (KHAN, 2015), the following theses are defended: first, that the post-colonialism of Portuguese experience contains many of the silencing and invisibility legacies of the ‘Other’, as in colonial times; and, secondly, the preparation of a ground for post-memory implies a lonely commitment to a duty of memory by those who, in the past as in the present, feel absent and silenced, both in official narratives and in the public arena of Portuguese post-coloniality.

    • português

      O presente artigo procura olhar para dentro do ato de criação de uma pós- -memória partindo da análise do romance Maremoto, de Djaimilia Pereira de Almeida. Recolhendo as contribuições teóricas da sociologia das ausências (SANTOS, 2002) e da sociologia pós-colonial das ausências (KHAN, 2015), defende-se as seguintes teses: em primeiro lugar, que o pós-colonialismo de experiência portuguesa encerra em si muitos dos legados de silenciamento e de invisibilização do ‘Outro’, como no tempo colonial; e, em segundo lugar, a preparação de um chão para a pós-memória implica um compromisso solitário de dever de memória por aqueles que, tanto no passado quanto no presente, se sentem ausentes e silenciados, quer nas narrativas oficiais, quer na arena pública da pós-colonialidade portuguesa.


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