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Resumen de Teotopias poéticas do Brasil profundo: a mistagogia da novilha pitanga em "Sequência", de João Guimarães Rosa

Josemar de Campos Maciel, Marcelo Marinho

  • English

    In the sliding and intermittent territory of theotopies, a utopian encounter between symbolic landscapes, sacred words and demiurgic poetry could open up long lines of mutual fertilization between literature and theology. This is what appears in the hypothesis that guides this interpretative essay of the short story “Sequência” (1962), by João Guimarães Rosa (1908-1967). We start from the hermeneutic assumption that this narrative takes place between the convergence of cultural practices from different religious traditions, especially from Judaism and Christianity, in order to draw possible lines of interpretation, regarding the relations of human beings with their deities and the beyond, but also with the other entities of Nature. The path of religious signs is metaphorically mirrored, through palimpsests, under another path — henceforth towards and into the hinterland, the very country and its conflicting cultural landscapes. Across these concomitants and overlapping paths, the reader is led far beyond the writing, grabbed away to the urgent need to decide upon the course of the very undecidability of signs, the very unspeakability of phenomena such as life and death, that subtle matter from which, like a sphinx, the irrefutable Mystery of existence arises, framed by the figure of a mystagogic “pitanga heifer”.

  • português

    No território corrediço e intervalar das teotopias, um encontro utópico entre paisagens simbólicas, verbo sagrado e poesia demiúrgica poderia abrir extensas linhas de mútua fecundação entre literatura e teologia. É o que se apresenta na hipótese que norteia este ensaio interpretativo do conto “Sequência” (1962), de João Guimarães Rosa (1908-1967). Partimos do pressuposto hermenêutico de que essa narrativa se ambienta no entrelugar de convergência de práticas culturais oriundas de diferentes tradições religiosas, sobretudo do judaísmo e cristianismo, para traçarmos possíveis linhas de interpretação, no que se refere às relações de seres humanos com suas divindades e o além, mas também com os demais entes da Natureza. O percurso dos signos religiosos espelha-se metaforicamente, em palimpsesto, por sob outro percurso — agora para dentro do sertão, do país e de suas conflitivas paisagens culturais. Por esses caminhos concomitantes e sobrepostos, o leitor é conduzido para muito além da escrita, é levado para a urgente necessidade de decidir no decurso da própria indecidibilidade dos signos, da própria indizibilidade de fenômenos como vida e morte, essa sutil matéria com que se levanta, feito uma esfinge, o irrecusável Mistério da existência, na figura de uma mistagógica “novilha pitanga”.


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