Este artigo analisa a forma como o racismo epistêmico se configura e se reproduz em nossa sociedade e argumenta que isso não pode ser lido fora de uma estrutura que racializa corpos, histórias, conhecimentos, saberes e sujeitos. Ao mesmo tempo, mostra como a matriz epistêmica hegemônica desloca, cala e neutraliza outros sistemas de conhecimento, enquanto sustenta o privilégio epistêmico, cultural, racial e material de determinados grupos, os quais têm muita representatividade nos espaços escolar, acadêmico e institucional. Por fim, mostra a função que o racismo epistêmico desempenha na reprodução de privilégios que distribuem posições na estrutura social e como isso contribui para o esvaziamento ontológico, histórico e subjetivo das populações negras.
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