O realismo ingênuo é a concepção da percepção verídica segundo a qual a experiência perceptiva é fundamentalmente relacional. Objetos físicos e suas propriedades têm um papel constitutivo na experiência perceptiva e determinam seu caráter fenomênico. Segundo o argumento causal, porém, podemos produzir a mesma experiência que ocorre quando vemos um objeto físico sem o objeto físico. Em defesa do realismo ingênuo frente ao argumento causal, Johnston (2004) propõe a teoria do perfil sensível. Meus objetivos são mostrar que sua estratégia de defesa pode ser caracterizada como um disjuntivismo fenomênico e defender que a teoria do perfil sensível não garante a prioridade de objetos físicos sobre objetos da consciência alucinatórios na determinação fenomênica da experiência perceptiva verídica. Por isso, a teoria do perfil sensível não tem êxito na defesa do realismo ingênuo contra o argumento causal.
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