O presente artigo objetiva discutir alguns fundamentos conceituais do emergente paradigma neomaterialista no contexto dos debates sobre relações de gênero e diferenças sexuais. Persigo tal objetivo mediante uma atenta leitura das principais formulações da teórica feminista norte -americana Karen Barad, uma das mais destacadas vozes vinculadas à «virada material» em curso na teoria e na prática feminista. Debruço -me, nomeadamente, sobre aspectos basilares do «realismo agencial» de Barad, que sustenta sua proposta de uma «teoria performativa pós -humanista». Em um segundo momento do trabalho, busco apresentar em linhas gerais alguns espaços de tensão entre as propostas de Karen Barad e Judith Butler, evidenciando assim as diferenças de perspectiva entre as abordagens do corpo sexuado por teóricas/os queer e neomaterialistas.
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