Sofia Neves, Sílvia Gomes, Dircelena Martins
O presente texto visa apresentar e discutir os resultados de um estudo cujo objetivo central foi analisar e caraterizar as notícias de femicídio na intimidade, publicadas entre 2011 e 2014 no jornal Correio da Manhã, discutindo as possíveis implicações das narrativas mediáticas na construção da realidade criminal e na manutenção de estereótipos de género associados ao crime. Foram recolhidas 200 peças jornalísticas, publicadas entre os anos de 2011 e 2014, que foram sujeitas a uma análise de conteúdo temática. Os resultados apontam para o facto de as narrativas mediáticas serem tendencialmente marcadas por um discurso de culpabilização das vítimas e de desresponsabilização dos agressores, o qual parece reforçar a proliferação de estereótipos de género
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