A gestualidade presente na pintura gestual é frequentemente lida como fruto da descarga emocional do artista. Diante dessa leitura da crítica, tais obras são vistas pela associação da marca da gestualidade à ideia de uma atitude do artista comprometido com a arte. Neste artigo, proponho apresentar um comentário sobre esse discurso que funde artista e obra como um “lugar” da crítica de arte contemporânea no Brasil, sempre que esta é solicitada a enfrentar trabalhos que apresentam uma gestualidade evidente. Busco demonstrar ainda certas genealogias dessa leitura, amparada em ideias promovidas pelo romantismo, pelos expressionismos e pela action painting.
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