Fabiana de Oliveira Lima, Daniele dos Santos Militão, Ana Paula da Silva Santos
O consumo configura-se como um complexo campo de construções simbólicas. Por sua vez, o consumo de bens culturais tem se mostrado um território robusto para a compreensão das relações culturais, bem como, da dinâmica de suas transformações e adaptações. Nesse sentido, desenvolvemos um estudo no município de Penedo-AL que possui destacadas riquezas culturais imateriais, como sua produção de artesanatos, comuns e tradicionais e apresentamos como relato de pesquisa. Nosso objetivo geral compreendeu-se em verificar o consumo dos bens culturais produzidos em comunidades tradicionais e sua implicação em atividades culturais de turismo e lazer do município. Tendo em vista uma compreensão antropológica do consumo, partimos do método etnográfico e desenvolvemos um trabalho de campo, constituindo uma pesquisa de caráter qualitativo, através de entrevistas semiestruturadas com artesãos, consumidores, presidentes de associações, comerciante e poder público. Desse modo, compreendemos que os valores simbólicos atribuídos pelos artesãos reforçam as relações sociais, apesar das adaptações vindas de consumidores. As associações apresentaram-se como espaços que promovem efetiva diferença para os artesãos e suas produções. As redes sociais e seus recursos de exposição tem sido uma importante vitrine, principalmente durante a pandemia. Por fim, destacamos a importância de refletir sobre como o processo de construção do valor simbólico do artesanato tem contribuído para suas transformações, influenciadas por visitantes ou pelas representações do consumo cultural.
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