Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Turismo e práticas afrorreligiosas em unidades de conservação: uma relação conflituosa?

    1. [1] Universidade do Estado do Rio de Janeiro

      Universidade do Estado do Rio de Janeiro

      Brasil

    2. [2] Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

      Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

      Brasil

    3. [3] Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
  • Localización: RITUR: Revista Iberoamericana de Turismo, ISSN-e 2236-6040, Nº. Extra 11, 2021 (Ejemplar dedicado a: Dossiê "Turismo em Perspectivas Antropológicas"), págs. 297-321
  • Idioma: portugués
  • Enlaces
  • Resumen
    • As Unidades de Conservação (UCs) no Brasil são utilizadas para a realização de atividades como pesquisas científicas, educação ambiental, recreação, ecoturismo e para fins religiosos. No entanto, as práticas afrorreligiosas são frequentemente vistas como incompatíveis com o uso público das UCs e conflituosas com a atividade turística. Diante disso, o presente artigo tem como objetivo desconstruir a existência de uma oposição entre o turismo e as práticas afrorreligiosas e declarar as UCs como um espaço democrático de uso público. Partindo-se de uma perspectiva antropológica, a metodologia caracteriza-se como pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, com as coletas de dados feitas de fontes secundárias e bibliográficas. Para análise deste artigo, foram selecionados o Parque Nacional da Tijuca e o Parque Estadual da Pedra Branca. A partir dos planos de manejo desses parques, pode-se verificar que as práticas afrorreligiosas são vistas como poluidoras e degradadoras do meio ambiente, podendo afetar a beleza cênica e as atividades turísticas das UCs. Contudo, foi mostrado que os afrorreligiosos têm uma intrínseca relação com a natureza, pois as divindades africanas são indissociáveis da natureza. As UCs mostram-se como espaços públicos territorialmente protegidos onde os usos múltiplos devem ser assegurados, tanto turísticos, como afrorreligiosos. Assim, as UCs vistas como palco de conflitos, podem ser espaços democráticos, onde a justiça, a igualdade e a liberdade religiosa devem imperar. Mas para isso, é de extrema importância que haja avanços nas políticas públicas ambientais, para transmutar a ignorância do conservadorismo, do preconceito, da intolerância e do racismo ambiental ainda presentes no Brasil. Um olhar inclusivo para práticas afrorreligiosas e turísticas em UCs pode auxiliar na construção de políticas públicas democráticas, compartilhando o meio ambiente sem limitações, considerando e valorizando a visão da comunidade afro, assegurando a liberdade afrorreligiosa e desconstruindo a ideia de oposição entre as duas atividades.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno