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Resumen de O processamento morfológico de sufixos derivacionais e modificadores: uma análise de -eiro e -inho

Camila Ulrich, Luiz Carlos Schwindt

  • português

    Este artigo trata do processamento morfológico de sufixos rotulados como derivacionais — aqueles capazes de alterar características morfossintáticas da base e, portanto, núcleos da estrutura complexa (ex. -eiro) — e de sufixos modificadores, representados pelos avaliativos — que mantêm características morfossintáticas da base (ex. -inho), conforme Villalva (1994, 2000). Partindo do pressuposto de que há decomposição de unidades morfologicamente complexas em unidades menores no processamento de dados linguísticos no português (GARCIA, 2009; PINTO, 2017), nosso objetivo é verificar se as duas classificações apresentadas para os sufixos demandam diferentes custos de processamento. Para isso, desenvolvemos três experimentos: uma Tarefa de Associação de Palavras (TAP), uma Tarefa de Decisão Lexical (TDL) e uma Tarefa de Decisão Lexical com Priming (TDLP), as quais são compostas por estímulos formados pelos sufixos -eiro e -inho. De modo geral, os participantes da TAP demonstraram ter conhecimento dos itens linguísticos testados e atribuíram a eles, predominantemente, associações de cunho morfológico ou semântico. Em ambas as tarefas envolvendo decisão lexical (TDL e TDLP), estímulos formados por -inho apresentaram menores índices de acurácia e tempos de reação relativamente maiores, mas sem significância estatística em comparação aos formados por -eiro. Esse resultado parece sugerir, considerando-se o recorte experimental assumido, que a categoria funcional do afixo não exerce papel no processamento das palavras em análise.

  • English

    This paper deals with the morphological processing of Brazilian Portuguese affixes, in particular derivational suffixes — those capable of altering morphosyntactic characteristics of the base and, therefore, heads of the complex structure (ex. -eiro) — and modifier suffixes, represented by evaluative suffixes — those that maintain morphosyntactic characteristics of the base (ex. -inho), according to Villalva (1994, 2000). Assuming that the processing of morphologically complex Portuguese units may involve their decomposition into smaller units (GARCIA, 2009; PINTO, 2017), our objective is to verify whether the two categories presented for the suffixes have different processing costs. For this purpose, we developed three experiments: a Word Association Task (WAT), a Lexical Decision Task (LDT) and a Lexical Decision Task with Priming effect (LDTP), which are composed of stimuli with the suffixes -eiro and -inho. In general, the participants of WAT demonstrated to have knowledge about the linguistic items and attributed to them, predominantly, associations of a morphological or semantic nature. In both tasks involving lexical decision (LDT and LDTP), stimuli formed by -inho showed lower accuracy rates and relatively longer reaction times, but without statistical significance in comparison to those formed by -eiro. This result suggests, considering the assumed experimental outline, that the affix functional category does not play a role in the processing of the words under analysis


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