No livro Chega de saudade: a história e a histórias da Bossa Nova, de 1990, o jornalista Ruy Castro dá pistas sobre uma interpretação comum a respeito da música popular brasileira da metade do século XX: a de que a bossa nova representa a novidade que inaugura a modernidade, contra estilos musicais e culturais anteriores, tratados como retrógrados e antigos. O autor elenca dezenas de histórias e depoimentos para reforçar esse argumento. Em um trecho, diz: "Mesmo os que achavam Jobim moderno por 'Foi a noite' e 'Se todos fossem iguais a você' tiveram um choque. Em menos de dois minutos, estas canções ficaram tão antigas quanto 'Ninguém me ama' - relíquias do romantismo noir dos homens mais velhos".
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