Os indicadores gerais de atividade de mulheres e homens dominam tipicamente o debate sobre igualdade de género no mercado de trabalho. Já a distribuição pelos diferentes grupos profissionais tem merecido menor atenção. Este artigo discute um conjunto de estudos que ajudam a entender a segregação profissional de sexo e examina os dados do Instituto Nacional de Estatística da primeira década do século XXI. O crescimento das profissões intelectuais e científicas coexiste com a estabilidade ou aumento de profissões de menor qualificação e estatuto social que permanecem fortemente sexualizadas. Assim, enquanto nos escalões mais escolarizados se assiste a um derrube gradual das fortalezas masculinas, as profissões com condições de trabalho mais pobres permanecem para as mulheres masmorras de difícil evasão.
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