Este artículo examina la agencia de delincuentes negros en el contexto del narcotráfico y el control territorial del Primeiro Comando da Capital (PCC), una organización autoidentificada como criminal en las favelas de São Paulo. Se sostiene aquí que los encuentros racializados de jóvenes negros con la policía dan forma a su práctica política en la ciudad. Desde el imaginario racial, dichos jóvenes son constantemente relacionados con el crimen y la violencia (y ya que su estatus criminalizado justifica encarcelamientos masivos y muertes por la policía) la criminalidad parece ser una categoría válida para entender mejor no sólo su suerte sino también su agencia. Un trabajo de campo etnográfico llevado a cabo en 2009 y 2010 en una barriada muy empobrecida predominantemente negra, junto con visitas semanales a un centro de detención local en São Paulo, sirvieron de base para el análisis del autor sobre los lenguajes controversiales de resistencia del PCC y de las consecuencias racializadas y de género que emergen tras sus intentos de protegerse frente al estado en tales topografías de dominación.
This article examines black criminal agency in the context of drug trafficking and territorial control by the Primeiro Comando da Capital (First Capital Command, PCC), a self-identified criminal organisation in São Paulo's favelas. It argues that black youth's racialised encounters with the police shape their political praxis in the city. Since in the racial imaginary, they are constantly linked to crime and violence, and since their criminalised status justifies mass incarceration and death by the police, criminality appears as a valid category to better understand not only their fate but also their agency. Ethnographic fieldwork carried out in 2009 and 2010 in a hyper-impoverished, predominately black slum community, along with weekly visits to a local detention centre in São Paulo, informs the author's analysis of the PCC's controversial languages of resistance and the gendered and racialised outcomes that emerge from their attempts to fend off the state in such topographies of domination.
Este artigo examina as estratégias de resistência negra no contexto do tráfico drogas e controle territorial pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), uma auto-identificada organização criminosa operando nas favelas de São Paulo. O artigo sustenta que os encontros racializados da juventude negra com a polícia moldam suas práticas políticas na cidade. Se no imaginário racial, jovens negros são constantemente ligados ao crime e a violência, e uma vez que o seu estatus criminalizado justifica o encarceramento em massa e a morte pela polícia, a criminalidade negra parece ser uma categoria analítica válida para compreender melhor não só o regime de dominação racial, mas também a agência negra para além dos espaços tradicionais. Trabalho de campo etnográfico realizado entre maio de 2009 e dezembro de 2010, em uma favela paulistana, juntamente com visitas semanais a um centro de detenção provisoria, informa a análise do autor sobre as estratégias de sobrevivência desenvolvidas em resposta à violência produzida pelo estado. Finalmente, o artigo analisa o regime de dominação imposto pelo PCC, notadamente a política do medo e as opressões de gênero que emergem do controle territorial em tais topografias da violência.
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